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Benefícios da Prática do Jogo de Xadrez [VII]

Christofoletti (1999) testou a utilização do jogo de xadrez como recurso auxiliar no ensino da matemática, durante um período de 5 meses consecutivos, com um grupo de 26 crianças, com faixa etária entre 8 e 9 anos, em aulas extracurrilares de uma escola particular. Percebeu-se que os estudantes desenvolveram a capacidade de atenção e concentração.

[…] as crianças que participavam das aulas de xadrez passaram a estar mais atentas, tanto durante o jogo em si, como em sala de aula, tendo maior agilidade em resolver contas matemáticas e podendo realizar tarefas habituais e simples da sala de aula com maior facilidade (CHRISTOFOLETTI, 1999)

[…] mostravam mais centrados na atividade que estavam realizando. Outro aspecto positivo com relação a este tema vem do fato de conseguirem realizar leituras dos enunciados dos problemas sem dispersar, mesmo o texto sendo longo (CHRISTOFOLETTI, 1999)

Em 2007, Christofoletti apresentou em sua dissertação de mestrado uma reflexão sobre os benefícios psicológicos e didáticos do jogo de xadrez nos contextos do lazer, da escola e profissional. No corpo do trabalho, a autora comenta diversos estudos sobre o jogo de xadrez e seus benefícios, como:

Miller (1956), por ampliar a capacidade de armazenamento de informações, potencializando a memória; Silva (1997), por conectar o jogo de xadrez a aspectos educacionais e de formação de caráter;  (2003), por revelar o jogo de xadrez como atividade lúdica pedagógica, capaz de desenvolver aptidões como raciocínio, tenacidade, responsabilidade, criatividade, etc.

Coletando opiniões de profissionais envolvidos no meio enxadrístico, a enxadrista identificou que a depender da formação do professor/instrutor de xadrez diferentes metodologias de ensino são utilizadas. Em vista disto, defende a inserção da modalidade no âmbito escolar e como matéria específica em cursos de graduação, especialmente em educação física.

[…] para que para que o mesmo possa ser devidamente desenvolvido, respeitando-se as exigências profissionais e a adequação dos métodos de ensino, oportunizando a disseminação dos frutos obtidos pela prática do xadrez (CHRISTOFOLETTI, p. 137, 2007)